Um grande problema nas linhas de transmissão de energia são as descargas atmosféricas, responsáveis pela interrupção do fornecimento e queima de transformadores de distribuição.
Os cabos para-raios compõem o sistema SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas), ficam situados acima das fases e têm a função de proteger os condutores. Funcionam interceptando os raios e fornecendo um caminho para as descargas atmosféricas evitando que atinjam o circuito, assim impedem seu desligamento. Os cabos para-raios devem ser dimensionados em função das correntes de curto-circuito em cada um deles.
Podem ser adicionadas outras funções a esses cabos, sem comprometer a função básica de proteção dos condutores, como por exemplo OPGW (Optical Ground Wire) em português “Cabo de aterramento óptico”, servindo para transmissão de dados utilizando estruturas já construídas gerando uma grande economia, aplicado na comunicação de subestações e centrais de controle, e transmissão sinal de internet para alguns provedores.
Os cabos OPGW são compostos por fios de alumínio no seu exterior, essa é a parte responsável pela função para-raios do cabo, e o diferencial é possuir fibras ópticas no seu núcleo.
O cabo pode ser também utilizado para transportar energia elétrica, chamado de PRE (para-raios energizados), atendendo a demanda de eletricidade de pequenas comunidades situadas nas proximidades da linha de transmissão. Essa aplicação torna possível reunir dois sistemas em uma mesma infraestrutura, o de alta tensão padrão e média tensão, com os cabos para-raios sendo isolados por meio de cadeia de isoladores e energizados para viabilizar essa transmissão.