O efeito corona é o fenômeno de descarga eletrostática que ocorre quando a diferença de potencial entre os cabos condutores e outros componentes instalados próximos aos cabos excede o valor do gradiente crítico disruptivo do ar, resultando em ruídos e emissões luminosas.
Em linhas de transmissão, o efeito corona é gerado em decorrência da sobretensão gerada nos condutores.
O campo elétrico que se estabelece entre os condutores energizados exerce uma força de atração sobre os íons e elétrons existentes no ar. Essas partículas carregadas se movimentam e colidem umas com as outras, aumentando a condutividade do ar, formando um arco elétrico. Este processo é conhecido como ionização por impacto de elétrons.
Alguns fatores que desencadeiam o efeito corona:
a) Aumento do valor limiar, ocasionando a diferença de potencial elétrico elevado (tensão disruptiva crítica);
b) Aumento da umidade do ar, devido a condições atmosféricas. Em períodos chuvosos, a densidade de íons ao redor dos condutores é maior, aumentando a intensidade do campo elétrico;
c) Baixa tensão do isolamento disruptivo, devido a superfícies irregulares de condutores.
O efeito corona provoca a degradação de superfícies isolantes, principalmente os isoladores poliméricos, e causa perdas elétricas na rede, podendo interferir até mesmo em sinais de telecomunicações.
Algumas estratégias que são adotadas para redução de ocorrência do fenômeno são, por exemplo, o aumento do diâmetro dos condutores e do espaçamento entre eles e a utilização de anéis de efeito corona.