Galvanização

Um dos desafios enfrentados pelas estruturas de aço é o processo de corrosão, que está diretamente relacionado à redução do tempo de vida do material. A corrosão é um fenômeno natural de deterioração dos materiais que nos metais ocorre principalmente pelo processo eletroquímico de oxiredução.

 

Uma forma de proteger a estrutura dos danos provocados pela corrosão é a realização da galvanização do aço. A galvanização é o processo em que o aço é recoberto por uma camada de zinco (Zn), impedindo o contato direto do material com os agentes corrosivos do ambiente e aumentando a sua resistência à corrosão.

 

Devido à diferença de potencial entre os metais, se estabelece ainda a formação de uma pilha galvânica entre o aço (cátodo) e o zinco (ânodo), o que contribui para a manutenção da proteção do aço mesmo em caso de exposição da sua superfície no caso de ocorrência de ranhuras ou outros desgastes abrasivos do revestimento. Nesta hipótese, o zinco funciona como um metal de sacrifício, prolongando a vida útil do aço.

 

Há dois tipos principais de galvanização, a galvanização por imersão a quente (HDG), quando as peças são mergulhadas em um banho de zinco fundido, e a galvanização a frio, que é um processo de pintura da superfície com tintas especiais ricas em zinco.

 

Em torres para linhas de transmissão, o tipo de galvanização mais usada é por imersão a quente, onde a peça é limpa e imergida em um banho de zinco líquido, a uma temperatura em torno de 450°C. Durante a imersão das peças, o zinco penetra na rede cristalina do aço, formando uma barreira protetora e possibilitando maior vida útil do material.

 

A galvanização dos perfis laminados utilizados nas torres é realizada em conformidade com as normas ASTM A123 e ASTM A143. Para parafusos, porcas, arruelas, contraporcas, calços e ferragens utiliza-se como referência a norma ASTM A153. A espessura do revestimento varia de acordo com a bitola do material, podendo variar de 45 a 100 micrometros. Quando é especificada a sobregalvanização da peça, acrescenta-se 20% da espessura de referência.

 

Em média, aproximadamente 3% do peso das torres de aço utilizadas nas linhas de transmissão correspondem ao peso do revestimento de zinco adicionado pelo processo de galvanização.