ERLAC - ENCONTRO REGIONAL LATINO AMERICANO DA CIGRE - 05/1993)
JOÃO BATISTA G. FERREIRA SILVA*, PAULO RICARDO R. LIBERATO DA SILVA, VILSON RENATO DA SILVA
Um projeto otimizado de linha de transmissão não pode deixar de considerar na sua concepção a influência marcante das condições de clima e relevo. Assim, uma linha, guarda uma estreita relação com a região para a qual a mesma foi projetada. Dentro deste contexto, é razoável pensar-se que estruturas para linhas de transmissão (ou mesmo linhas completas) são elementos não padronizáveis para diferentes regiões, sob pena de se comprometerem os índices almejados de performance e/ou economia. O que aconteceu com o Brasil, entretanto, foi que, com o passar do tempo, os sistemas de linhas de transmissão se multiplicaram, interligaram-se, surgindo até mesmo linhas que atravessam diferentes regiões geográficas. Outro fato interessante é que, para uma mesma região, projetos executados em épocas diferentes apresentaram resultados bastante diferentes, fruto da evolução tecnológica e da experiência adquirida na construção e operação dos sistemas anteriores. O que resultou, afinal, no Brasil, foi que os projetos feitos para LT’s de diferentes regiões e em épocas distintas, começaram a apresentar traços muito semelhantes, principalmente no que diz respeito às estruturas. Além destas constatações, um outro fato que contribuiu para que algum dia se pensasse na possibilidade de padronização de linhas de transmissão, foi a forma como o mercado de energia elétrica se organizou. Por razões de ordem política, econômica e social o sistema elétrico brasileiro se estruturou através de grupos de empresas com características notadamente geradoras e transmissoras e outras com perfil marcante de distribuidoras. Obviamente também existe o grupo de empresas que abrangem as duas atividades. De qualquer forma, a partir de certa época, começaram a surgir em grande número, as linhas de subtransmissão e interligações do sistema. O que caracteriza, em geral, a subtransmissão é o grande conjunto de linhas de pequena extensão. Linhas de curta extensão normalmente não justificam, por razões econômicas e de prazo, a elaboração de projetos específicos. O que resulta, então, é que empresas de pequeno porte geralmente com perfil de distribuidoras de energia, se vêem forçadas a utilizarem projetos existentes e muitas vezes obsoletos, em suas linhas de subtransmissão e distribuição de energia elétrica. Dentro deste contexto, o conceito da padronização surge como uma idéia interessante. O presente informe pretende descrever como a comissão criada pela ELETROBRÁS através do COBEI para estudar a padronização de estruturas de 69 e 138 kV tem trabalhado. Os trabalhos da comissão ainda encontram-se em andamento. Importantes resultados e conclusões, no entanto, já foram obtidos.
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